Profissionais do SUS premiados fazem viagem de intercâmbio ao exterior

Publicado em: 15/02/2020
Autor: Edna Lima
Assunto: Sem categoria
Tempo de leitura: 2 minutos

Os ganhadores e finalistas do “Prêmio APS Forte para o SUS: Acesso Universal” tiveram a oportunidade de aperfeiçoar seus conhecimentos na viagem de estudo para a Espanha, neste mês, onde visitaram a Escola Andaluza de Saúde Pública, em Granada. A comitiva foi formada por doze profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) que se destacaram por suas experiências exitosas praticadas na Atenção Primária à Saúde de suas localidades, entre eles as duas paraenses Kellen Costa (Abaetetuba) e Letícia Carvalho (Rurópolis). Em sua primeira edição, o prêmio foi realizado ano passado pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e pelo Ministério da Saúde. Entre os estados vencedores que estiveram presentes na viagem foram os dois representantes das secretarias estaduais de Saúde de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Os projetos premiados que levaram intercambistas dos municípios paraenses foram: “Rurópolis, com o trabalho “Desbravadores do SUS: redescobrindo cidadãos, promovendo o direito à saúde”, de autoria da farmacêutica Letícia Carvalho, que trata de uma comunidade ribeirinha isolada no meio da Amazônia que não tinha acesso aos serviços de saúde; e Abaetetuba/PA com “Menina do Laço de Fita”, de autoria da enfermeira Kellen Costa, voltado aos direitos sexuais e reprodutivos, especialmente dos adolescentes. A secretária de Saúde de Abaetetuba, Lucilene das Chagas, também participou da viagem. Outros oito municípios de estados brasileiros formaram o grupo na viagem: Tefé/AM, Mombaça/CE, Senador Canedo/GO, Doresópolis/MG, Santo Antônio do Monte/MG, Salgueiro/RJ, São Paulo/SP e Jaraguá do Sul/SC.

Para Kellen Costa, que também é coordenadora da Atenção Básica de Abaetetuba, o intercâmbio proporcionou a aproximação de um sistema universal no qual propõe uma APS com vínculo resolutivo, interligada a uma rede de atenção básica ordenadora de cuidado. Ela ressaltou que a experiência amadureceu a necessidade de se trabalhar mais os protocolos com a organização de classificação de risco. “Precisamos trabalhar de forma sistemática o processo de promoção e prevenção à saúde. Essa experiência mostrou que não estamos distantes das possibilidades que o SUS pode oferecer à saúde da população. Podemos sim nos organizar dentro dos processos e tecnologias que favoreçam isso”, disse.

Já a representante de Rurópolis, Letícia Carvalho, destacou que a viagem aproximou os profissionais de saúde. Ela disse que foi uma grande oportunidade de conhecer realidades distintas e trocar ideias sobre os trabalhos – além de perceber no exterior, outra dimensão e ter a certeza que o trabalho desenvolvido em seu município está no caminho certo. “Foi uma experiência maravilhosa, ímpar em minha vida, muito rica em aprendizado e conhecimento. Isso incentiva o profissional, abre novos conhecimentos e novas oportunidades”, afirmou.

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