Webconferência com municípios esclarece sobre as medidas preventivas para conter a doença de Haff

Publicado em: 16/09/2021
Autor: Edna Lima
Assunto: Notícias
Tempo de leitura: 2 minutos

Em virtude do registro de casos suspeitos da doença de Haff (doença da urina preta) nos Estados do Amazonas e do Pará, o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Pará (Cosems/PA) e a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) realizaram nesta terça-feira, 14, uma webconferência para tratar sobre as medidas preventivas e os protocolos de atendimento para o manejo da doença. A reunião online foi direcionada aos secretários municipais de saúde, técnicos das vigilâncias, sanitária, epidemiológica e ambiental; equipes do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Pará (Cievs/PA), além de técnicos das Secretarias Municipais de Pesca.

Transmitida pelo canal do Cosems/PA no Youtube, a webconferência contou com a presença do diretor de Vigilância em Saúde da Sespa, Denilson Feitosa; da coordenadora estadual do Cievs, Veronilce Borges; da diretora da Vigilância Sanitária da Sespa, Milvea Carneiro; da vice-diretora do Laboratório Central do Estado (Lacen), Valnete Andrade e também do assessor técnico do Cosems/PA, Antônio Jorge.  

Além de esclarecer dúvidas, os profissionais se aprofundaram sobre as causas, sintomas, diagnóstico e tratamento da doença de Haff. Até o momento, o Pará registrou seis casos suspeitos, que seguem em investigação pela Sespa. O exame coletado é encaminhado pelo Lacen a um laboratório de referência em Santa Catarina, ligado à rede do Ministério da Saúde.

Durante a reunião, Denilson Feitosa fez uma explanação geral sobre a parte assistencial para a doença de Haff. Ele informou ainda que está sendo elaborada uma nota técnica que será encaminhada aos municípios. “É bom deixar claro que em momento algum a Sespa está recomendando que seja evitado o consumo de peixe ou que seja proibida a comercialização do alimento. Essa não é uma estratégia tomada pela Secretaria, pois ainda não sentimos a necessidade para tal medida. Por isso, solicitamos aos municípios que tranquilizem a população nesse sentido”, destacou.

Doença de Haff: A doença de Haff é uma síndrome que consiste de rabdomiólise sem explicação, que se caracteriza por ocorrência súbita de extrema rigidez muscular, mialgia difusa, dor torácica, dispneia, dormência e perda de força em todo o corpo, urina cor de café além de elevação sérica de creatinofosfoquinase, mioglobina, transaminases e desidrogenase láctica. A rabdomiólise é uma síndrome caracterizada por necrose muscular e liberação de constituintes intracelulares do músculo para a circulação.

O diagnóstico da doença de Haff baseia-se na suspeita clínica, história epidemiológica (ingestão de peixe nas 24 horas precedentes ao evento), e níveis elevados de marcadores de necrose muscular, particularmente mioglobina e creatinofosfoquinase. A doença de Haff não possui tratamento especifico, sendo assim diante de uma suspeita é recomendado dosagem de creatinofosfoquinase (CPK) e transaminase glutâmica oxalacética (TGO) para que seja avaliada possível alteração.

Confira no link o vídeo com a íntegra da webconferência

https://www.youtube.com/watch?v=tz75FWo9kD4

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