Cosems/PA promove capacitação sobre hanseníase na atenção primaria à saúde

Publicado em: 20/12/2020
Autor: Edna Lima
Assunto: Notícias
Tempo de leitura: 2 minutos

O Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems/PA), por meio do projeto de Telemedicina, realizou nesta quinta-feira, 17, uma capacitação online em dermatologia com o tema “Hanseníase na Atenção Primaria à Saúde”. O evento online foi direcionado aos médicos e enfermeiros da atenção básica, além de profissionais de saúde que atuam nas regulações municipais.

A capacitação foi ministrada pela médica dermatologista, Ana Luisa Reis, que esclareceu dúvidas relacionadas à doença e também sobre a atualização dos protocolos de manejo clínico da hanseníase. Foram discutidos temas referentes à triagem clínica para classificação correta, acompanhamento dermatoneurológico, esquema terapêutico e encaminhamento de pacientes.

De acordo com Ana Luisa, entre 2009 e 2018, 10% dos casos novos de hanseníase notificados no Brasil apresentavam incapacidade grau 2 no momento do diagnóstico. O Pará está em terceiro lugar no número de casos novos noficados em 2019. Para a médica, essa realidade só vai mudar a partir do momento em que se realizar o diagnóstico precoce e a avaliação dermatoneurológica completa e regular. “Quanto mais precocemente se intervir no dano neural, menor a probabilidade de o paciente evoluir com incapacidade”, completou.

A coordenadora médica do Telemedicina, Rosário Mota, falou da importância da capacitação online para esclarecimentos de dúvida e qualificação dos profissionais que atuam nas unidades de saúde dos municípios. “Essa é mais uma ferramenta utilizada que contribui com o trabalho desses profissionais. No próximo ano, vamos organizar uma grade de programação com palestras voltadas aos mais diversos temas da saúde”, afirmou.

Hanseníase: É uma doença crônica, transmissível, tem preferência pela pele e nervos periféricos, podendo cursar com surtos reacionais intercorrentes, o que lhe confere alto poder de causar incapacidades e deformidades físicas, principais responsáveis pelo estigma e discriminação às pessoas acometidas. A transmissão se dá de uma pessoa doente sem tratamento, para outra, após um contato próximo e prolongado. A doença tem cura e o tratamento é gratuito e ofertado pelo SUS nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos municípios.

O Ministério da Saúde recomenda que as pessoas procurem o serviço de saúde ao aparecimento de manchas em qualquer parte do corpo, principalmente, se essa mancha apresentar alteração de sensibilidade, o que configura um dos sinais sugestivos da doença.

Assista aqui o vídeo da capacitação na íntegra

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