Saúde da mulher e redução da mortalidade materna é tema de evento online

Publicado em: 04/06/2021
Autor: Edna Lima
Assunto: Notícias
Tempo de leitura: 3 minutos

Em alusão ao Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e Dia Nacional pela Redução da Mortalidade Materna, marcado em 28 de maio, foi realizado na segunda-feira, 31, “I Fórum Estadual sobre a Redução da Mortalidade Materna: uma realidade a ser modificada”. Na ocasião, teve uma apresentação de dados do perfil epidemiológico de mortalidade materna e os principais desafios encontrados pelos profissionais de saúde.

Promovido pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) com a parceria do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems-PA), o fórum contou com a participação de Lely Guzmán, representante da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) no Brasil; da diretora do Centro Latino-Americano de Perinatologia, Saúde da Mulher e Reprodutiva, Suzanne Serruya; da assessora técnica de Saúde da Mulher, do Ministério da Saúde, Regina Nunes; do Secretário Adjunto de Gestão de Políticas de Saúde: Sipriano Ferraz; do médico sanitarista Helio Franco; do presidente do Cosems-PA, Charles Tocantins; da diretora Técnica da Sespa, Carla Figueiredo;  da diretora de Políticas de Atenção Integral à Saúde da Sespa, Laena Reis; além da primeira-dama do Estado, Daiane Barbalho.

Charles Tocantins falou da importância do debate, principalmente no que se refere à mortalidade materna, que segundo ele no Brasil ainda se registra grandes índices comparado a outros países de patamares econômicos idênticos. “Infelizmente no Pará os números ainda são altos. Mudar esse cenário depende do esforço de todos nós que fazemos a saúde pública”, disse.

Tocantins lembrou ainda do pacto pela redução da mortalidade materna, formalizado pelo Estado, tendo cinco importantes eixos – que envolve a organização da gestão; a melhoria da assistência ao pré-natal; a melhoria da assistência ao parto; o planejamento sexual reprodutivo; e a investigação do óbito materno. “Precisamos resgatar e fortalecer esse pacto. Em nome de todos os secretários municipais de saúde, assumo o compromisso para unirmos forças e num grande esforço melhorar esses números para trazer outra realidade às mães no Pará”, afirmou.

De acordo com a coordenação estadual de Saúde da Mulher, as principais causas de óbitos maternos são hemorragia pós-parto, síndrome hipertensiva específica da gravidez e Sepse (infecção), todas consideradas causas evitáveis. Segundo a coordenação, em 2020 houve aumento do coeficiente de mortalidade materna além das causas evitáveis, com registro de 28 óbitos maternos relacionados à Covid-19. O cenário da pandemia pelo novo coronavírus gerou impacto na morbimortalidade materna, onde muitas gestantes, mesmo com as orientações, não iniciaram o pré-natal em tempo oportuno e/ou não deram seguimento, aumentando o risco de complicações no parto e puerpério.

“Sabemos que o ideal é sempre ampliar o pré-natal para prevenir inclusive a prematuridade, mas temos a consciência que precisamos ter a retaguarda adequada, como por exemplo, suporte de UTI, para acolher e tratar um recém-nascido. O que já era difícil complicou ainda mais com a pandemia, que trouxe complicações em decorrência da Covid-19. Ainda temos muitas incertezas das repercussões da doença tanto nas mães quanto nos neonatos”, destacou o secretário adjunto Sipriano Ferraz.

O vídeo está disponível no canal do Cosems-PA no YouTube, onde foi transmitido o evento ao vivo. Confira: https://www.youtube.com/watch?v=GzqPxlvR2PU&t=1303s

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