O presidente do Conselho de Secretarias Municipais do Pará (Cosems-PA), Charles Tocantins, participou nesta quarta-feira, 20, da abertura da Oficina de Planejamento de ações Estratégicas para o Enfrentamento da Hanseníase na região Norte, realizada no Hotel Sagres pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. O objetivo do evento, que prossegue até esta sexta-feira, 22, é discutir medidas eficazes que contribuam para a melhoria dos indicadores da doença no Pará.
A mesa de abertura foi composta por representantes da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa); Coordenação-Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação; Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan); Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH); além do presidente do Cosems/PA. Também estiveram presentes as secretárias de Saúde dos municípios de Afuá e Santarém: Valéria Lacerda e Dayane Lima.
Charles Tocantins ministrou palestra sobre a contribuição do Cosems/PA para o alcance das metas de hanseníase pactuadas nos instrumentos de gestão no Pará. Ele destacou o Programa de Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde e oSistema de Pactuação dos Indicadores (Sispacto). Ambos, discutidos na pauta da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) e posteriormente na Comissão Intergestores Bipartite (CIB).
“O Programa de Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde é um programa de incentivo, que tem a finalidade de fazer uma avaliação do desempenho da vigilância em saúde com algumas metas atingidas em cada município. O Sispacto tem a função de avaliar os vários indicadores que o município tem o compromisso de alcançar. Precisamos implementar ações eficazes para alcançarmos as metas nesses duas grandes áreas. A hanseníase é um problema seríssimo no Estado. Por isso, temos que nos mobilizar juntamente com as esferas de governo e sociedade em geral que de alguma forma possa contribuir conosco nesse processo”, ressaltou Charles Tocantins.
No encontro, profissionais dos Estados e municípios da região Norte do Brasil discutem assuntos referentes ao monitoramento, avaliação, situação epidemiológica e o plano operativo da hanseníase. Eles também abordam outros temas pertinentes, como o papel da atenção primária à saúde, integrada à vigilância, e ainda a inclusão social como forma de enfrentamento do estigma e da discriminação dos pacientes portadores da doença.
“Esta é uma oportunidade de nos alinharmos à nova estratégia nacional para o enfrentamento da hanseníase. Isso vai nos ajudar nas ações que visam reduzir a doença no Pará. Precisamos ficar vigilantes para o diagnóstico precoce e evitar a incapacidade de grau dois. Daí a importância do nosso comprometimento para executarmos os trabalhos em conjunto”, afirmou o coordenador estadual do Programa de Controle da Hanseníase, Bruno Pinheiro.