Qualificar a atenção e as questões estratégicas do Sistema Único de Saúde (SUS) e os desafios da região, promovendo a governança do SUS na Amazônia Legal. Este é objetivo do Plano de Saúde da Amazônia Legal – PSAL, que está em construção e precisa do protagonismo dos municípios, das secretarias estaduais de saúde e dos movimentos sociais da Amazônia Legal. O Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Pará (Cosems/PA) vai apresentar a íntegra do projeto aos secretários municipais de saúde durante reunião a ser realizada na próxima quinta-feira, 17, no Hotel Princesa Louçã, em Belém.
Entre as políticas prioritárias do plano estão: o provimento, interiorização e qualificação de profissionais de saúde, em especial, dos povos originários e das populações tradicionalistas; a implementação de uma política especifica para os hospitais de Pequeno Porte, visando sua adequação a uma rede de cuidado de acordo com necessidades assistenciais da Amazônia Legal; melhoria dos processos de educação permanente; implantação, financiamento e qualificação de equipes para atuação nas Salas de Estabilização; a implementação das ações que assegurem a gravidez, parto, nascimento e puerpério saudáveis, bem como, o planejamento reprodutivo, respeitando-se as peculiaridades da região amazônica; a implementação da Caderneta de Saúde da Criança, entre outros.
Cerca de 772 municípios fazem parte da Amazônia Legal eles correspondem 61% do território brasileiro nesta região. De acordo com os dados, 13% da população brasileira representa a Amazonia Legal e 600 mil indígenas estão concentradas nessa área.
Para a assessora técnica do Cosems/PA, Silvia Comaru, o Plano vem ao encontro das necessidades da população que vive na Amazônia Legal. “Os territórios que compõem a Amazônia Legal são extensos e complexos. Têm áreas de difícil acesso o que dificulta os processos de serviços de saúde. O Plano soma com os esforços empenhados para chegarmos às comunidades mais remotas e garantir de fato o acesso a esta população em sua totalidade”, ressaltou.