Representantes do Conselho de Secretárias Municipais de Saúde do Pará (Cosems-PA) e gestores da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) discutiram durante reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) na tarde de quinta-feira, 21, melhorias das ações e serviços de saúde disponibilizados à população paraense. Neste mês a pauta foi extensa e trouxe diversos temas para o debate. Logo no início da reunião, teve a premiação aos vencedores do concurso de frase sobre prevenção da gravidez na adolescência, promovido pelo projeto Saúde das Manas, desenvolvido pelo Cosems-PA em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA Brasil).
Para dar continuidade aos serviços de atenção a pacientes da Covid-19, foi aprovada a ampliação de leitos de Terapia Intensiva e de suporte ventilatório pulmonar para atendimento exclusivo de pessoas com a doença. Também foram aprovados os pedidos para habilitação dos serviços de referência especializada em doenças raras, de atenção ao câncer e ainda de assistência em alta complexidade em neurolcirurgia e cardiovascular. Teve ainda discussão sobre o atendimento de atenção especializada no processo transexualizador e a assistência na área de terapia renal substitutiva e a gestante de alto risco, bem como a situação da doença de Chagas e da Mortalidade Materna no Pará.
Um dos pontos mais debatidos entre os gestores foi o panorama sobre a distribuição das vacinas contra a Covid-19 no Pará. Eles destacaram a importância de massificar a divulgação da vacinação a fim de que a população procure as unidades para a imunização. Novamente foi reforçado a eficácia e efetividade das vacinas CoronaVac, Astrazeneca, Pfizer e Janssen, disponíveis atualmente no Brasil. De acordo com a Sespa, ainda há registros de negativas da vacinação, o que tem levado acúmulo de estoque. De acordo com a Secretaria, isso tem preocupado, principalmente no que tange a vacina da Pfizer, que funciona com um período e temperatura de armazenamento mais restrito.
“Isso faz com que os municípios tenham período de 30 dias para a operacionalização, pois após isso a vacina da Pfizer perde a capacidade de uso. Temos atuado no remanejamento desta vacina para outras localidades. Continuamos pedimos o apoio dos secretários de saúde em relação às condições desse transporte e solicitamos que nos avisem com antecedência a devolução da vacina juntamente com a seringa, que é componente do imunizante”, afirmou o diretor de Vigilância em Saúde da Sespa, Denilson Feitosa.
Charles Tocantins falou sobre as estratégias que os municípios precisam tomar para conscientizar a população sobre a vacina. Ele lembrou sobre a retomada das aulas e os riscos que ainda estão por vir com aglomerações nas festas de fim de ano e programações para o pré-carnaval. “Com a volta às aulas, os adolescentes precisam tomar a vacina. Outro fator importante a ser lembrado é que algumas localidades já planejam as ações de carnaval, que começa em dezembro e vai até o final de fevereiro, levando multidões de pessoas às ruas, sendo que muitas ainda não tomaram a vacina”, ressaltou.
Por fim, a reunião também abordou assuntos referentes ao cofinanciamento estadual da atenção primária em saúde aos municípios do Estado, atualização das Portarias Ministeriais do Previne Brasil e Credenciamento de Equipes de Saúde, além da apresentação do formulário eletrônico para os municípios sobre a necessidade de profissionais médicos na atenção básica, que será encaminhado posteriormente aos gestores.
Confira os detalhes da reunião no vídeo https://www.youtube.com/watch?v=Ky6votei-Kk&t=10724s