Em agosto de 2020, uma parceria entre o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado do Pará (Cosems/PA) iniciou uma trajetória de transformação social na Ilha do Marajó. Com ações de fortalecimento da saúde pública e empoderamento de mulheres por meio do conhecimento e acesso aos direitos básicos, o “Saúde das Manas” vem, desde então, reforçando uma mensagem: a saúde sexual e reprodutiva deve ser uma prioridade, mesmo diante da pandemia da Covid-19.
O projeto “Saúde das Manas”, focado no fortalecimento da saúde da mulher e no empoderamento feminino por meio do conhecimento e do acesso a direitos sexuais e reprodutivos, vem enfatizando desde então uma mensagem crucial: criação de uma sociedade onde mulheres, jovens e adolescentes possam ter acesso às informações necessárias para fazer escolhas conscientes e informadas. O projeto também almeja que essas escolhas sejam proveitosas, capacitando-os a aprimorar seu potencial humano e superar o ciclo da pobreza.
Atualmente, com um investimento total de R$ 1,5 milhão, o projeto alcançou um marco de sucesso ao proporcionar mais de 5 mil consultas de telemedicina no Arquipélago, cobrindo mais de dez especialidades médicas. Essa iniciativa possibilitou que várias mulheres tivessem, pela primeira vez, acesso a consultas com ginecologistas. Para comemorar essas conquistas e planejar os próximos passos do projeto, o “Saúde das Manas” organizará um evento exclusivo na próxima terça-feira (12 de dezembro), em Belém do Pará.
Estará presente no evento a presidente do Cosems/PA, Jucineide Barbosa, além de secretários de saúde dos municípios do arquipélago do Marajó. Jucineide reforçou o compromisso da entidade para a continuação da parceria entre o UNFPA e o Cosems/PA. “É de fundamental importância prosseguirmos com essa parceria que tem dado certo. O intuito é alavancar ainda mais as ações e ampliar a oferta para levar mais serviços à região em que o projeto é voltado”, disse.
O encontro contará ainda com a presença de Florbela Fernandes, representante do UNFPA Brasil e, também, Diretora de País para Uruguai e Paraguai. “Antes do projeto Saúde das Manas, as mulheres precisavam se deslocar para outros territórios para ter acesso a serviços de ginecologia e obstetrícia. Com o projeto e a possibilidade da telemedicina, as barreiras físicas são reduzidas e o acesso a serviços de saúde de qualidade deixa de ser um privilégio e passa a ser um direito”, ressalta Florbela Fernandes.
Na nova fase do projeto, o foco será em promover a sustentabilidade e atrair novos parceiros, visando aprimorar os indicadores sociais e expandir o alcance para além do Marajó. Esta estratégia tem grande potencial para diminuir desigualdades e assegurar direitos, com uma atenção especial à saúde e bem-estar de adolescentes e mulheres.
Com informações da Ascom/UNFPA – Alice Moraes