Nesta terça-feira, 25, no Dia Mundial da Luta contra a Malária, o Ministério da Saúde e o Instituto Evandro Chagas (IEC) lançaram uma campanha para alertar sobre as formas de prevenção e tratamento da doença. Na ocasião, foi apresentado o plano de enfrentamento e erradicação da malária até 2035. Com o slogan “O combate à malária acontece com a participação de todos: cidadãos, comunidade e governo”, a campanha de cunho nacional tem o objetivo de alertar a população, profissionais de saúde e gestores sobre a prevenção, controle e eliminação da doença. As ações de divulgação serão reforçadas nas localidades em que vive a população mais vulnerável.
Participaram do evento o presidente do Conselho de Secretarias Municipais Municipais de Saúde do Pará (Cosems/PA), Charles Tocantins, também representando o Conselho de Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (vice-presidente), juntamente com o assessor técnico Antônio Jorge Araújo, além do secretário estadual de saúde Rômulo Rodovalho e a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel. De acordo com Tocantins, a malária tem sido um dos maiores desafios para o Sistema Único de Saúde. Ele reforçou que a integração das ações de vigilância, prevenção e controle da malária na atenção básica é imprescindível para o controle da malária.
“A malária é considerada um grave problema de saúde pública no mundo, sendo uma das doenças de maior impacto na morbidade e na mortalidade da população. Vivemos numa região endêmica em que requer um trabalho constante contra a doença. Daí a importância de ações maciças integradas, sempre com apoio do Estado e União”, reforçou.
Em 2022, de acordo com dados preliminares do MS, foram registrados 129,1 mil casos no país, com redução de 8,1% em relação a 2021. Apesar da queda, o país não atingiu a meta estabelecida, de no máximo 113 mil notificações para o número de casos autóctones, alcançando um resultado de quase 127 mil casos contraídos localmente. Já em relação aos óbitos, o Brasil registrou 37 mortes pela doença em 2019, 51 em 2020, 58 em 2021 e 50 óbitos em 2022.
A malária é transmitida através da picada da fêmea do mosquito do gênero Anopheles infectada por uma ou mais espécies de protozoário do gênero Plasmodium. Todos os medicamentos para o tratamento de malária estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), além dos testes que detectam a doença.
*Fotos de José Pantoja/Ascom Sespa