Na última reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), realizada no dia 18 deste mês no Salão Carajás do Hotel Princesa Louçã, foram debatidos e apresentados importantes temas, entre eles: os novos valores da assistência farmacêutica básica, o protocolo do serviço de verificação de óbito, a repactuação do incentivo Federal para as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST/Aids), planificação da atenção primária em saúde da região de saúde de Caetés e a política nacional de atenção integral à saúde prisional.
A implantação do transplante de medula óssea no Estado do Pará foi um dos temas de grande relevância. Aprovado pela CIB, o serviço será ofertado no Hospital Ophir Loyola já no início do próximo ano. A medula óssea é a fábrica do sangue, essa medula é um líquido avermelhado rico em células tronco que fica dentro dos ossos e é quem produz as células sanguíneas que circulam nas nossas veias e artérias. Quando a medula adoece, o sangue é produzido de forma anormal causando várias doenças como leucemias, aplasias de medula, linfomas e outras doenças hematológicas. Existem dois tipos de transplante de medula óssea: alogênico e autólogo. O transplante alogênico é aquele no qual o paciente (receptor) recebe a medula de outro indivíduo (doador),
Já o transplante autólogo é aquele no qual o paciente é transplantado com a sua própria medula. Neste tipo de transplante é feita a coleta da medula doente do paciente, essa medula recebe um tipo de tratamento em que as células anormais/doentes são eliminadas e somente as células saudáveis são armazenadas e depois reinfundida/transplantada no próprio paciente.
Atualmente o Pará realiza somente os transplantes de rim e córnea. A coordenadora da Central de Transplante do Pará, Ierecê Miranda, explicou que inicialmente será realizado apenas o transplante autólogo por ser um transplante menos complexo é o pré-requisito para avançar para o transplante alogênico. Ela informou que só no Hospital Ophir Loyola há 40 pacientes na fila para transplante de medula óssea.
“O transplante de medula óssea é indicado para o tratamento de um conjunto de doenças hematológicas. Hoje a maioria desse tipo de transplante é feito nas regiões sul e sudeste. A oferta do serviço no Pará será um marco para a região Norte”, ressaltou Ierecê Miranda.
Durante a reunião o secretário de Estado de Saúde Pública, Alberto Beltrame, também informou que está sendo articulada a ampliação do serviço de Telemedicina no Estado. Hoje, o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems-PA) já oferta o serviço com mais de cinco especialidades para onze municípios. “A ampliação desse serviço no universo estadual será uma das maiores realizações do Governo do Estado na área da saúde. Terá o nosso total apoio”, disse o presidente do Cosems-PA , Charles Tocantins.