O mês de agosto é dedicado a Campanha Agosto Dourado, que tem como objetivo sensibilizar profissionais de saúde e a sociedade sobre a importância da amamentação e seus benéficos para o desenvolvimento infantil. Oficialmente lançado em 2017, o Agosto Dourado foi criado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) com base na semana do aleitamento materno, que acontece na primeira semana do mês.
A abertura da Semana Mundial da Amamentação 2023, com o tema “Apoie a amamentação: faça a diferença para mães e pais que trabalham”, será realizada na próxima quinta-feira, 10, no auditório do Centro Universitário Fibra. O evento é promovido pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), que realiza diversas programações durante o período da Campanha para promover o assunto.
De acordo com o Ministério da Saúde o aleitamento materno pode diminuir as taxas de mortalidade infantil, sendo capaz de reduzir em até 13% os índices de mortes de crianças menores de cinco anos. A coordenadora estadual de Saúde da Criança, Ana Cristina Guzzo, que também é pediatra, lembra sobre os benefícios da amamentação, inclusive na fase adulta. “Além de fortalecer o vínculo entre a mãe e o bebê, a amamentação protege a criança de doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias, além de evitar o risco de desenvolver hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade na vida adulta”, destacou.
Ana ressaltou a temática deste ano, que destaca a importância do apoio aos pais que trabalham. “Nesse sentido algumas estratégias têm sido muito importantes, que foram desenvolvidas para apoiar esses pais e manter a amamentação sem interrupção, além de ajudar a mulher na produção do leite. Uma delas são as salas de apoio à mulher trabalhadora que amamenta, que podem ser implantadas em vários serviços, como empresas e indústrias. As Unidades Básicas de Saúde ou empresas próximas aos mercados podem adotar essa medida, justamente para apoiar àquelas mulheres que trabalham na informalidade ou autônomas. O Pará foi incluído nessa proposta com um projeto piloto de âmbito nacional”, acrescentou.
Dados: O Ministério da Saúde recomenda a amamentação até os 2 anos de idade ou mais e, de forma exclusiva, nos seis primeiros meses de vida. A estratégia para incentivar a amamentação vem apresentando resultados. Os índices nacionais do aleitamento materno exclusivo entre crianças menores de 6 meses aumentaram de 2,9%, em 1986, para 45,7% em 2020. Já o aleitamento para crianças menores de quatro anos passou de 4,7% para 60% no mesmo período.
Confira a programação do evento da Sespa: