Fornecer subsídios para o aprimoramento técnico-político dos gestores e profissionais que possibilitem a reorganização do cuidado em Saúde Mental nos territórios envolvidos. Este é o objetivo da live que será realizada pelo Cosems/PA na próxima terça-feira, 13, a partir das 10h, com o tema “Rede de Atenção Psicossocial no Pará”. Com transmissão ao vivo, o evento será mediado pelos assessores técnicos, Silvia Comaru e Paulo Campos, tendo como palestrante a psicóloga e pesquisadora, Marilda Couto.
“Esta é mais uma de muitas iniciativas do Cosems/PA que contribui com a capacitação e atualização de conhecimentos dos servidores da gestão municipal de saúde. Com absoluta certeza, as lives interativas com gestores, trabalhadores, associações e controle social funcionam como uma ferramenta de fundamental importância nos 144 municípios paraenses”, destacou Paulo Campos.
Serão abordados temas como o histórico da reforma psiquiátrica brasileira, diretrizes da política de saúde mental, as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), o processo de desinstitucionalização e a organização da Rede de Atenção Psicossocial no Pará. “Será um momento de compartilhamento de ideias e esclarecimentos de dúvidas dos servidores que atuam na área em cada uma das secretarias municipais de saúde”, completou Silvia Comaru.
No ano de 2019, a OMS prorrogou até 2030 o Plano de Ação Integral de Saúde Mental (SM) que tem o potencial de mudar a direção da saúde mental de forma global. Este plano de ação é o primeiro na história da organização, que marca o reconhecimento oficial da importância da saúde mental nos 194 Estados-Membros.
O plano apresenta quatro grandes objetivos e metas que vão do fortalecimento de liderança e governança efetiva na área da saúde mental, até sistemas de informação, fomento de pesquisas para produção de evidências e indicadores mais precisos. Com o advento da Covid-19 através de relatório, a OMS solicitou a todas as nações que aumentassem os investimentos nesta área, pois a pandemia acentuou o sofrimento psíquico e o adoecimento mental em todo o mundo, como mostra a incidência de 25% em casos de depressão e ansiedade, no primeiro ano (2020) após o surgimento do novo coronavírus.
De acordo com Marilda, o Brasil, como um país membro, tem a oportunidade de fazer progressos significativos em direção a uma melhor saúde mental para sua população. “ Isso é possível através do fomento e fortalecimento dos serviços comunitários de saúde mental, bem como integrando a saúde mental às demais áreas da saúde e a outros setores como educação, esporte e cultura”, concluiu.