O Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Pará (Cosems-PA) e a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) realizaram de terça-feira, 22, a quinta-feira, 24, videoconferências para tratar sobre a vacinação infantil contra a Covid-19 nos municípios paraenses. Participaram das reuniões virtuais os secretários de saúde, além de coordenadores da atenção primária e de imunização que atuam nas gestões de saúde.
De acordo com o assessor técnico do Conselho, Antônio Jorge, a inciativa faz parte de uma série de ações realizadas em parceria com a Sespa para o alcance das metas de vacinação nos municípios paraenses. “Nosso objetivo maior é saber sobre o cenário de cada um. E a partir daí, possamos ter uma leitura das dificuldades encontradas para a obtenção das coberturas vacinais. Com isso, apresentaremos um plano de enfrentamento das dificuldades”, explicou.
A diretora do Departamento de Epidemiologia da Sespa, Daniele Nunes, reforçou que a ideia é entender a situação da campanha e desenvolver estratégias para melhorar a cobertura vacinal nas localidades que ainda não estabeleceram a meta. “Sabemos que a pandemia ainda não acabou e por isso precisamos ampliar nossa cobertura. É de fundamental importância a troca de experiência e esse apoio mútuo”, disse.
Lembrando que neste mês o Cosems-PA realizou um levantamento sobre a situação da campanha de vacinação infantil contra a Covid-19 nos municípios. Dos 144 municípios, 119 responderam ao questionário com perguntas relacionadas à vacinação neste público alvo. Destes, 65,5% dos secretários que responderam ao questionário, apontaram a recusa de pais ou responsáveis com sendo um dos principais entraves ao alcance das metas de vacinação infantil contra a Covid-19.
O secretário de saúde de Curralinho, José Raimundo Farias, falou das dificuldades que os gestores de saúde enfrentam no dia a dia e os custos financeiros para manter a campanha. Ele ressaltou que além da pandemia, a epidemia da gripe também precisa ser controlada e, além disso, ainda conciliar esse trabalho ao controle das doenças endêmicas. “Temos uma quantidade de vacinas para um público muito disperso. Enquanto umas pessoas estão numa localidade, outras estão mais distantes. É tudo muito diferente do que já havíamos vivido antes. O combustível caro e o deslocamento de equipes tem sido um dos maiores entraves”, concluiu.