A reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) desta quinta-feira, 10, realizada pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Pará (Cosems-PA), teve como ponto principal o debate sobre os critérios e a expansão da vacina Pfizer/Comirnaty nos municípios, como a logística de transporte, armazenamento e administração das doses.
O Ministério da Saúde faz recomendações importantes referentes à temperatura para o transporte e armazenamento nas centrais de rede de frio (estadual, regional e municipal), que é na faixa de -15°C à -25°C, no período máximo 14 dias. Já para o armazenamento nas unidades de saúde é entre 2°C e 8°C. Nesse caso, por um período máximo de cinco dias, o que totaliza um período máximo de 19 dias de conservação nessas faixas de temperatura.
O secretário estadual de Saúde, Rômulo Rodovalho, informou da liberação da vacina Pfizer para aplicação por um período maior, podendo ficar nessa mesma temperatura de 2°C e 8°C por até 30 dias. “Isso possibilita que possamos destinar a vacina para alguns municípios, é obvio, seguindo as exigências do Ministério da Saúde, sempre cumprindo o tempo de deslocamento. A ideia é avançarmos junto ao Ministério da Saúde para levarmos a vacina para mais municípios. Ainda que não chegue da Pfizer, estamos compensando com outras doses no mesmo patamar de distribuição para todos”, reforçou.
Os gestores pactuaram a ampliação da vacina Pfizer para outros municípios, mediante que os interessados informem à Sespa sobre a capacidade técnica de armazenamento e aplicação das doses, de acordo com as exigências do fabricante e do Ministério da Saúde. O presidente do Cosems-PA, Charles Tocantins, informou que será feita uma nota técnica de tudo que foi acordado . “Essa vacina é muito importante para todos e por isso os municípios precisam estar tecnicamente muito bem embasados. Não podemos perder nenhuma dose”, reforçou.
Durante a reunião, foi aprovada ainda a ampliação de mais leitos, de Terapia Intensiva e de suporte ventilatório pulmonar para atendimento exclusivo de pacientes com a Covid-19, conforme a resolução CIB nº 34/2021, enviada ao Ministério da Saúde pela Sespa e o Cosems-PA. De Acordo com Rômulo Rodovalho, o Pará foi o Estado que mais habilitou leitos nesse período de Covid-19. “Essa resolução é só mais uma demonstração do esforço que temos feito para atender a demanda. É um trabalho em conjunto com o Cosems. Inclusive, hoje assinamos outras resoluções para habilitação de mais leitos”, disse.
Charles Tocantins reforçou sobre a situação dos leitos adicionais nos municípios. Ele disse que apesar de algumas dificuldades inicialmente, as solicitações têm sido atendidas e as habilitações estão sendo publicadas mensalmente. “A exemplo de Tucuruí que habilitou cinco leitos de UTI e mais suporte ventilatório. Altamira também teve habilitação para leito de suporte ventilatório. Acreditamos que durante esta semana, com essas resoluções assinadas, desde que tecnicamente em condição de habilitação, o Ministério da saúde continuará habilitando leitos nas unidades municipais e do Estado”, acrescentou.
Também esteviram nas discussões, pactuações e apresentações, a atualização do Plano da Rede Estadual e do Protocolo de acesso de Média e Alta Complexidade; o fluxo da rede de tratamento das hepatites virais; a ampliação e fortalecimento da rede de vigilância epidemiológica hospitalar do Pará; e a solicitação do município de Bagre de remanejamento de teto físico e financeiro hospitalar de Belém e de Breves.
Veja o vídeo da reunião que aconteceu de forma online.