Centro de Parto Normal de Castanhal é referência em atendimento humanizado

Publicado em: 26/02/2020
Autor: Edna Lima
Assunto: Sem categoria
Tempo de leitura: 3 minutos

Um lugar silencioso, aconchegante e repleto de carinho e amor. É assim o Centro de Parto Normal Haydee Pereira de Sena, com funcionamento 24 horas, vinculado à Secretaria Municipal de Saúde de Castanhal, que oferece assistência humanizada à gestante e ao recém-nascido durante o pré-parto, parto e pós-parto. São cinco quartos/leitos – todos com suíte – preparados para partos normais, sendo que em um deles há banheira para as mães que optarem pelo parto na água. O objetivo é incentivar o parto normal às gestantes de baixo risco, obedecendo a Portaria do Ministério da Saúde de nº 11, do dia 07 de janeiro de 2015.

Os procedimentos são feitos por enfermeiros obstetras, capacitados e atualizados, pelo programa da Rede Cegonha, que dão total assistência para a mãe e o bebê, antes e após o nascimento. O Centro estimula a presença do acompanhante em todos os momentos: no acolhimento, que é o primeiro contato com o estabelecimento, nas consultas e participação das rodas de conversa até o pós-parto.

A enfermeira obstetra e coordenadora do Centro, Mirian Sales, explicou a metodologia e técnica utilizada para auxiliar a mulher durante o trabalho de parto. Ela foi idealizadora do mural com placentas que se transformam em arte, acompanhadas de mensagens de afeto das mamães atendidas. “A bola suíça auxilia bastante nos exercícios pélvicos, bem como a barra de ling no alongamento e apoio. O espaço conta ainda com sala de acolhimento, sala de exames, posto de enfermagem, copa, refeitório, entre outros compartimentos. Tudo para garantir o melhor conforto para as mulheres que procuram o Centro”, explicou.

Para que seus bebês nasçam no Centro é preciso que a gestante tenha feito pré-natal em qualquer unidade de saúde e não apresente doenças como diabetes ou pressão alta. O internamento acontece já quando a mulher está em trabalho de parto, porque não é feito nenhum tipo de indução. O Hospital Municipal de Castanhal fica ao lado do Centro, e serve como a rede de apoio como laboratorial, alimentação entre outros.

A auxiliar administrativa, Samara Paduano, passou pela experiência de ter seus dois filhos no local. Ela conta que a escolha do parto normal pela segunda vez foi estimulada principalmente pelo tratamento que teve no Centro, onde escolheu ter seus bebês.  “As profissionais que trabalham lá amam realmente o que fazem. Com isso, nos sentimos acolhidas, principalmente pela confiança que nos passam num momento tão delicado e que mais precisamos de auxílio”, disse.

Segundo a secretária de Saúde de Castanhal, Carla Lima, o Centro é referência por ser o único no Pará com o procedimento peri-hospitalar, ou seja, fora do ambiente hospitalar. “Hoje atendemos vários municípios, não somente Castanhal e cada dia aumenta a procura de gestantes inclusive de Belém. Isso agrega valor e reconhecimento aos serviços ofertados. É um ambiente que na verdade funciona como uma casa, que sempre estará de braços abertos para receber a todas as mulheres que optam em fazer o parto normal”, ressaltou.

De acordo com o Ministério da Saúde, em 2017, na rede pública o número de partos normais chegou a 58%, contra 41% de cesarianas, percentual que ainda é considerado muito alto pelas autoridades da saúde. Os principais riscos de um parto por cesária são embolia pulmonar, trombose, hemorragia, infecção e problemas respiratórios para o bebê.  Em algumas situações, a cesariana é única via de parto permitida para salvar a vida da mãe ou do bebê. Mas, em circunstâncias normais, o parto natural sempre será a melhor opção para a mulher e o recém-nascido.

O presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Pará (Cosems-PA), já fez visita ao local e pretende implantar o serviço no município de Cametá, onde também é secretário de Saúde. “Fiquei muito entusiasmado com a estrutura do Centro. O Sistema Único de Saúde nos dar a oportunidade de ofertar esse serviço às gestantes, que na prática funciona de forma humanizada. É uma ideia que vamos amadurecer e levar futuramente para Cametá”, informou.

*Com foto da Ascom-PMC

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